AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRATAMENTO DE ÁGUA POR OSMOSE REVERSA EM CLÍNICA DE HEMODIÁLISE E SEUS INTERFERENTES

Resumo

A água é um recurso fundamental para os hospitais e clínicas que prestam o serviço de hemodiálise, visto que seu tratamento é uma das etapas mais rigorosas pois a presença mínima de qualquer contaminante, seja orgânico ou inorgânico, pode provocar graves danos aos pacientes atendidos. Seu tratamento necessita de um processo de purificação efetivo, a fim de atender rigorosamente, aos padrões normatizados pela Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 11, de 13 de março de 2014. O risco iminente à saúde do paciente hemodialítico é minimizado quando se utiliza a água em conformidade aos critérios determinados nos procedimentos de diálise. A técnica de purificação da água determinada para o uso em clínicas de hemodiálise é a osmose reversa, este método garante uma purificação segura, eliminando cerca de 95 a 99 % das substâncias indesejáveis. Os ensaios realizados apontaram que a amostra não apresentou conformidade com o estabelecido pela resolução vigente devido a presença de concentrações superiores aos valores máximos permitidos dos analitos: alumínio, berílio e tálio, assim como não foi possível também quantificar com precisão as concentrações dos componentes: arsênio, berílio, chumbo, mercúrio, prata e tálio em virtude dos limites de detecção e quantificação serem superiores ao valor máximo regulamentado. Pode-se concluir que apesar da técnica de osmose reversa ser considerada pela literatura o método mais seguro e efetivo de purificação da água para atender aos requisitos estabelecidos, o desempenho das membranas da osmose reversa precisa ser constantemente monitorado, pois uma eventual ruptura ou redução da sua capacidade de remoção de contaminantes microbiológicos, químicos, endotoxinas, dentre outros, pode causar graves danos aos pacientes atendidos.